Para você, o que é certo ou errado?
Com certeza, essa é uma das perguntas mais ouvidas na História da
Humanidade. Tão importante que serve de base para a formação de caráter e
comportamento de todos nós. Quem de nós nunca ouviu dos nossos pais: "Isso
é errado, não se faz!". E que anos depois, saberia, com as experiências
vividas, que aquilo era realmente errado. Ou certo. Ou uma simples travessura
infantil, nem certa nem errada.
Talvez,
a definição dessas duas palavras seja muito relativa. Segundo o dicionário
LUFT, certo é aquilo que é verdadeiro, exato ou evidente. E errado é aquilo que
é enganoso, equivocado ou falho. E na prática do dia dia-a-dia, será que é
assim mesmo?
Essa pergunta é tão paradoxa e complexa que muitos grupos, como as
religiões e a Ciência, foram a fundo saber seu verdadeiro sentido. Uma questão
clássica foi a de Galileu Galilei, considerado pela Igreja a sua época, um
verdadeiro louco. A idéia de Galilei era o Heliocentrismo, conceito o qual
dizia que a Terra girava em torno do Sol. Idéia totalmente inversa à defendida
pela Igreja, onde a Terra era o centro do Universo - o Antropocentrismo. Hoje sabe-se,
principalmente nos dias quentes, quem foi o certo. Uma das poucas respostas
definitivas e certas para essa pergunta que pauteia nossas vidas.
Uma outra questão que também marcou a História foi o Nazismo, conceito
estupidamente defendido por Adolf Hitler à época da Segunda Guerra Mundial.
Nesse ditatorial regime, era defendida a superioridade racial, onde todas as
pessoas para serem perfeitas deveriam ser da 'raça ariana', sem nenhuma
miscigenação. Deveriam ser brancas, com olhos e cabelos claros, não sendo
judias, ciganas, homossexuais ou deficientes. Anos depois, todos nós sabemos o
tamanho das consequências e dores infinitas que foram causadas a todos que se
envolveram, direta ou indiretamente, com esse triste e infeliz episódio da
Humanidade. Um errado que custou a vida de milhões de inocentes.
Mas essa pergunta não se aplica só a grandes erros ou acertos. Na nossa
vida, várias pequenas situações nos fazem pensar sobre esse paradoxo vital. No
cotidiano, na religião, no trabalho, na escola, nas relações interpessoais,
sempre há esse questionamento apoiado por dois outros pontos: a ética e a
educação familiar. Segundo eles, fazemos questionamentos de atitudes, numa
eterna procura sobre o que é certo ou errado em nossas vidas. Porém
na prática, isso tudo depende da forma como cada um pensa. E então, o conceito
de certo ou errado está muito mais ligado ao julgamento de valores do ser
humano. Difícil, pois sempre há a exceção a regra. Nem sempre
o que é certo para alguém, é certo para você. E vice-versa. E nesse momento
entra um outro personagem nessa história: o livre arbítrio, um poder de escolha
aparentemente sem medidas. No entanto, atualmente, as pessoas em geral
têm passado dos limites do livre arbítrio quando o certo significa fazer valer
sua opinião. Ou até pior: quando querem colocar em prática sua opinião. Pois
bem. Nem sempre os três - ética, educação familiar e livre arbítrio - entram em
concordância para uma verdadeira boa atitude. Coisa díficil para um ser
naturalmente insatisfeito mediante suas decisões: o ser humano.
O mais preocupante é ver que na real, as pessoas colocam seu ponto de
vista na frente do que a sociedade sempre julgou ser o correto. Durante
milênios, a sociedade foi construindo valores que foram definindo o mundo em
que vivemos hoje. Mas de lá para cá muita coisa mudou, e como mudou! Algumas
mudanças foram bruscas e até desleais quando a opinião de alguém pode ser
corrompida.
Um dos exemplos mais vistos em nossa realidade são os inúmeros crimes
impunemente cometidos. Quando uma pessoa comete um crime de
qualquer espécie, por exemplo, o que seria o certo? Ele ser julgado e
condenado? Em tese, sim. No entanto, porque algumas pessoas passam por esse
processo e outras não? O que as diferencia? Existe mais certo ou mais errado?
Quando a sociedade aplica este superlativo? Muitas perguntas e poucas
respostas, infelizmente.
O certo ou errado vai sempre depender de diversos fatores, como o meio
que você vive e foi criado e formas pessoais de encarar a vida. Mas o que não
podemos esquecer é da velha máxima: O seu direito termina onde começa o do
outro. Enfim, essa pergunta nunca terá uma, ou mais respostas. Porque sempre
terão mais perguntas que inevitavelmente cairão nesse mesmo ponto: CERTO OU
ERRADO? Como uma roda sem fim, um pião num giro eterno. Uma travessura da vida
chamada paradoxo.
Gabriella Paola e Victor Hugo
4 comentários:
O ser humano e seu infeliz hábito de rotular, quantificar, definir... Vejo o mar se autointitulando lago... se cada um pudesse ver a grandeza que traz consigo, talvez parasse de criar tantas medidas para se encaixar. Somos grandes, mas incompletos,. imperfeitos, e tentar seguir o que dizem ser certo ou errado e limitar a nós mesmos, a nossa busca por aquilo de que somos feitos..infinitude
...pra que rotular?!? Com certeza somos muito mais que isso. Adorei o texto. Parabéns pelo blog....
Isso mesmo, Flavia! Talvez se vivessemos sem nos rotular, seguindo o q nossa intuição, nosso coração diz, seríamos mais felizes!
Obrigada pelo comentário!
Oi Florzinha! Q bom q vc gostou do blog e do texto! :)
Pra mim, viver de rótulos é como viver sem personalidade! Somos únicos, diferentes, cada um do seu jeito, não?
E é isso q traz graça a vida!
Fique ligada aqui no blog, q smp vamos postar coisas novas! Qquer sugestão, só falar! ;)
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