Quem nunca se recordou do
melhores momentos da sua infância?
Esses momentos com
certeza envolvem os amigos, a família e sobretudo, os brinquedos e as
brincadeiras. Aquela bola de meia que você jogou na rua, a amarelinha riscada à
giz, a corda surrada que tantas vezes bateu estalado, em muitos e muitos pulos
da criançada. E o carrinho ou boneca que se ganhava no Natal? Lembranças que
jamais são esquecidas!
Na sociedade, o termo brincar é
utilizado em uma ação cujo objetivo é divertir. Muitas coisas podem ser
consideradas uma brincadeira como uma piada, por exemplo. Brincadeiras podem
ser de cunho educativo ou até com regras definidas e objetivos a serem
cumpridos. Os brinquedos e as brincadeiras já embalaram a infância de muitos povos
e gerações. A bola, por exemplo, é um dos brinquedos mais antigos que existem.
Há registros de jogos com bola na Grécia Antiga. Já as bonecas surgiram
primeiramente no Egito, como um culto às deusas da época. Os graciosos bambolês
tiveram seus primórdios também no Egito, com ramos secos de uva entrelaçados,
com o qual as crianças imitavam danças. A cabra-cega, jogo de roda onde se
venda os olhos, era praticado entre adultos nas províncias de Portugal, onde
foi criado.
Todo brinquedo e
brincadeira tem como princípio estimular a cognição, a criatividade, o
raciocínio e senso de equipe da criança. Na época de nossos pais e avós, tudo
isso era estimulado com muitos poucos recursos, mas com fértil imaginação.
Bastava uma pedra, um par de chinelos e uma rua deserta para se formar um campo
de futebol. Alguns gravetos e pedaços de papel e lá se vai uma pipa, ou um
papagaio, ou uma cangula no céu! Usavam-se madeiras para fazer carrinho de rolimã,
meias para fazer bola e as meninas usavam até folhas para fazer de comidinha
para suas bonecas. Em gerações passadas, meninos e meninas brincavam de roda,
cantando cantigas. Quem não se lembra de “Atirei o pau no gato…”? Entre
o céu e o inferno, crianças pulavam Amarelinha. Pulavam corda, jogavam
pião, bolinha de gude...E outras vezes, bastava só as mãos batendo num ritmo frenético para se
brincar de Adoleta. Ou um anel pra passar, e mais outra brincadeira
começar!
Porém, hoje em dia, as crianças gastam seu tempo em
frente a vídeo games de última geração, navegando na internet. Os brinquedos apresentam
tantos recursos que até certo ponto, impedem que a criança estimule toda
imaginação e criatividade que tem. E tudo isso pode levar a ociosidade, baixo
rendimento escolar, e até problemas de saúde, como a obesidade e o vício em
alguns desses jogos. E toda essa facilidade que a tecnologia traz também pode
levar a sérios perigos, como videos games que estimulam a violência, e a
pedofilia infelizmente presente na internet, esse meio cada vez mais acessado e
compreendido pela nova geração.
Essa nova geração deve
ser estimulada com a tecnologia, aliada a criatividade e imaginação. Associar o
velho e o novo. Nada impede que crianças de hoje brinquem com coisas antigas,
descubram o valor que elas tem, não deixando de lado todo o fascínio que os
brinquedos modernos exercem. Um avião guiado por controle remoto é viciante até
para adultos, mas nada mais prazeroso que sentar com seu filho e lhe ensinar
diversas maneiras de fazer um avião de papel que voe cada vez mais longe. Um
playstation é genial, mas nada se compara a marcar um gol ao vivo e comemorar
muito com os amigos, sentindo a emoção na pele. Nada substitui o valor da
criatividade e da imaginação infantil, tão importantes na formação de uma
pessoa. Por
isso, deixe a criança brincar com aquilo que cabe à sua idade. Infância dura
apenas 12 anos, por que precisamos diminuir este tempo? Desnecessário, não?
Brincar ao ar livre, andar de
bicicleta, jogar bola, nadar, correr, cair e levantar, tudo isso faz parte de
uma infância saudável. Brinque enquanto pode, pois toda criança feliz tem
história para contar.
Gabriella Paola e Victor Hugo