Grafias e Fotografias

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terça-feira, 24 de abril de 2012

ONDE TUDO COMEÇA...


Quem nunca se recordou do melhores momentos da sua infância?
Esses momentos com certeza envolvem os amigos, a família e sobretudo, os brinquedos e as brincadeiras. Aquela bola de meia que você jogou na rua, a amarelinha riscada à giz, a corda surrada que tantas vezes bateu estalado, em muitos e muitos pulos da criançada. E o carrinho ou boneca que se ganhava no Natal? Lembranças que jamais são esquecidas!
Na sociedade, o termo brincar é utilizado em uma ação cujo objetivo é divertir. Muitas coisas podem ser consideradas uma brincadeira como uma piada, por exemplo. Brincadeiras podem ser de cunho educativo ou até com regras definidas e objetivos a serem cumpridos. Os brinquedos e as brincadeiras já embalaram a infância de muitos povos e gerações. A bola, por exemplo, é um dos brinquedos mais antigos que existem. Há registros de jogos com bola na Grécia Antiga. Já as bonecas surgiram primeiramente no Egito, como um culto às deusas da época. Os graciosos bambolês tiveram seus primórdios também no Egito, com ramos secos de uva entrelaçados, com o qual as crianças imitavam danças. A cabra-cega, jogo de roda onde se venda os olhos, era praticado entre adultos nas províncias de Portugal, onde foi criado.
Todo brinquedo e brincadeira tem como princípio estimular a cognição, a criatividade, o raciocínio e senso de equipe da criança. Na época de nossos pais e avós, tudo isso era estimulado com muitos poucos recursos, mas com fértil imaginação. Bastava uma pedra, um par de chinelos e uma rua deserta para se formar um campo de futebol. Alguns gravetos e pedaços de papel e lá se vai uma pipa, ou um papagaio, ou uma cangula no céu! Usavam-se madeiras para fazer carrinho de rolimã, meias para fazer bola e as meninas usavam até folhas para fazer de comidinha para suas bonecas. Em gerações passadas, meninos e meninas brincavam de roda, cantando cantigas. Quem não se lembra de “Atirei o pau no gato…”? Entre o céu e o inferno, crianças pulavam Amarelinha. Pulavam corda, jogavam pião, bolinha de gude...E outras vezes, bastava só as mãos batendo num ritmo frenético para se brincar de Adoleta. Ou um anel pra passar, e mais outra brincadeira começar!
Porém, hoje em dia, as crianças gastam seu tempo em frente a vídeo games de última geração, navegando na internet. Os brinquedos apresentam tantos recursos que até certo ponto, impedem que a criança estimule toda imaginação e criatividade que tem. E tudo isso pode levar a ociosidade, baixo rendimento escolar, e até problemas de saúde, como a obesidade e o vício em alguns desses jogos. E toda essa facilidade que a tecnologia traz também pode levar a sérios perigos, como videos games que estimulam a violência, e a pedofilia infelizmente presente na internet, esse meio cada vez mais acessado e compreendido pela nova geração.
Essa nova geração deve ser estimulada com a tecnologia, aliada a criatividade e imaginação. Associar o velho e o novo. Nada impede que crianças de hoje brinquem com coisas antigas, descubram o valor que elas tem, não deixando de lado todo o fascínio que os brinquedos modernos exercem. Um avião guiado por controle remoto é viciante até para adultos, mas nada mais prazeroso que sentar com seu filho e lhe ensinar diversas maneiras de fazer um avião de papel que voe cada vez mais longe. Um playstation é genial, mas nada se compara a marcar um gol ao vivo e comemorar muito com os amigos, sentindo a emoção na pele. Nada substitui o valor da criatividade e da imaginação infantil, tão importantes na formação de uma pessoa. Por isso, deixe a criança brincar com aquilo que cabe à sua idade. Infância dura apenas 12 anos, por que precisamos diminuir este tempo? Desnecessário, não?
Brincar ao ar livre, andar de bicicleta, jogar bola, nadar, correr, cair e levantar, tudo isso faz parte de uma infância saudável. Brinque enquanto pode, pois toda criança feliz tem história para contar.

Gabriella Paola e Victor Hugo