Grafias e Fotografias

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL: CRIME OU NECESSIDADE?

Por muito tempo durante séculos, a ciência primou por buscar o progresso para a Humanidade. A cura de doenças, a descoberta de vacinas, remédios e tratamentos se desenrolaram sobre muita história, placas, tubos de ensaio...e animais. Sim, animais.

Graças a eles, felizmente ou não, cientistas encontraram a penicilina, o soro anti-ofídico, o tratamento para o Parkinson e a descoberta do HIV. Entre essas e tantas outras pesquisas, numa época onde a tecnologia era escassa ou praticamente ausente, a experimentação animal tomou corpo na Ciência. E de fato ajudou em muito no seu avanço.

Mas, e hoje?

Poderíamos dizer que a experimentação animal evoluiu juntamente com a tecnologia e a Ciência. Mas não é o que observamos, ainda que de forma obscura, essa evolução. Muitos são os casos, ainda que não divulgados amplamente pela mÍdia, de animais sendo maltratados em pesquisas de medicamentos e cosméticos. E em contrapartida, a Comunidade Européia recentemente proibiu a venda de produtos que tenham sido formulados a base de testes em animais.

Essa decisão européia tem muito a contribuir, haja vista que já existem, embora não muitos, testes alternativos ao uso das cobaias. Cultivos de células in vitro, criação de tecidos artificiais humanos e programas computacionais utilizados em laboratório podem, em alguns casos, substituir completamente ou em parte os animais nas pesquisas.

No Brasil, a situação é bem diferente. O incentivo a não utilização das cobaias ainda caminha a passos muito lentos, e os próprios testes com animais são nebulosos. Nunca de sabe ao certo qual a verdadeira finalidade cientifica de certos institutos de pesquisa. E ainda acrescenta-se a tudo isso a completa falta de incentivo aos métodos alternativos nas pesquisas, sem qualquer tipo de validação existente. Em terras tupiniquins, só existe um orgão que poderá um dia, quem sabe, responder por esses métodos alternativos - o BraCVAM (Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos) - criado em 2012 e ainda em fase de implementação. É esperar para ver.

O que muitos ativistas, leigos e cientistas ainda não tem muita clareza é quanto as leis brasileiras. Os ativistas defendem que essas leis abrem brechas para um uso abusivo das cobaias e consequentemente, maus tratos. Já os cientistas defendem que essas mesmas leis foram formuladas baseadas no principio dos 3R, muito comum e amplamente divulgado no meio cientifico, e que as pesquisas são regulamentadas e fiscalizadas pelo Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal).

Segundo a principal lei que rege a experimentação animal no país, chamada Lei Arouca, todo trabalho cientifico que utiliza somente animais tendo como opção um método alternativo, é considerado crime. Essa lei preza também pelo bem estar, saúde e a minima e consciente utilização das cobaias nas pesquisas.

Para a população, principal público alvo de muitos resultados dessas pesquisas, restam muitas dúvidas. Não seria uma forma de maus tratos às cobaias a própria vida que levam, desde do seu nascimento nos biotérios? Seria futilidade sua utilização em experimentos comésticos, ao passo que seria uma necessidade em experimentos médicos? Afinal, animais seriam utilizados para salvar vidas.

Muitas perguntas. Muitas respostas.



Muitos cientistas defendem que a experimentação animal será substituida a longo prazo pelos métodos alternativos. Se for pelo bem dos animais, da Humanidade e da Ciência, que assim seja. Nenhum lado deve ser vilanizado, nem inocentado.  

Texto: Gabriella Paola

sexta-feira, 14 de junho de 2013

DIREITO OU OPORTUNISMO?

TODOS ESTÃO CERTOS E TODOS ESTÃO ERRADOS!

PORQUE?

É certo protestar? Super certo, ainda mais o povo que está de saco cheio, não só dos 20 centavos, mas de muitas coisas brabas que andam rolando nesse país, e que até agora, ninguém (inclusive nós, o povo) mexia uma palha pra mudar...
Só não é NADA LEGAL é depredar de graça quem não tem nada a ver com o protesto, e também não é NADA LEGAL a abordagem da Polícia com quem quer protestar. Senhores policiais, APRENDAM a lidar com essas situações e a discernir quem quer protestar numa boa, na paz, e quem quer bagunça, baderna e oportunismo... Esse último não é um protestante de verdade! E só pra lembrar: protestar não é CRIME, é DIREITO!

Já dizia a velha democracia, tão em desuso nesse país, que todos têm o mesmo direito e que o governo seria feito para o povo e com o povo... Atualmente isso é uma utopia, e esperar que aconteça naturalmente é perda de tempo. Penso que por isso, uma centelha surgiu e esses protestos estão aí, não só em São Paulo, mas em vários lugares!

Coincidência ou despertar coletivo?

Veremos...


Só espero que seja antes de tudo, JUSTO E PACÍFICO... Porque já diz um meme que circula pela internet:

"QUANDO O POVO ACORDAR, O GOVERNO PERDERÁ O SONO."

Texto: Gabriella Paola



domingo, 26 de maio de 2013

QUADRINHOS E GIBIS...QUEM NÃO QUIS?


Infância. Período fértil de todo ser humano, tempo de ingenuidade e muita imaginação. E na nossa infância, entre tantos brinquedos e travessuras, temos um companheiro de todas as horas: o gibi.

Quem nunca se imaginou junto a seus heróis favoritos? Escalar paredes com o Homem-Aranha, voar alto com o SuperMan, ou viver mil aventuras junto a Cascão, Cebolinha, Magali e Mônica...E por falar nessa turminha brazuca, Mônica completa 50 anos em 2013. Mauricio de Sousa, criador da turma e pai da Mônica (de carne e osso) criou há pouco tempo HQs para o público jovem, e também animações. E deu no que deu. Um grande sucesso de um desenho brasileiro que fez sucesso no país e no mundo. Fazendo parte de milhares de gerações, Mônica aparece com sua imagem inconfundível de vestido vermelho e dentes grandes, junto ao seu coelho Sansão. Ou uma linda adolescente, sempre bem brava!

Tantos personagens memoráveis tiveram seu começo com as HQ americanas e londrinas, como a Comic Cuts em 1890, de Alfred Harmsworth e a Yellow Kid em 1895, onde predominavam mais textos que desenhos. Seus conteúdos tinham muito humor e já permitiam que seus leitores dessem asas à imaginação. Já a primeira animação foi em 1892, feita através de um praxinoscópio, aparelho inventado pelo francês Emile Reynaud. Após um tempo, surge Fantasmagorie, de Emile Cohl em 1908. Eram simples minutos de rabiscos, muito criativos para a época. Mas já era o começo de tudo.

O primeiro personagem a aparecer em animações foi o Gato Félix, na década de 20. Gatinho de traços meigos e muito esperto, ainda hoje atrai muitos fãs pelo mundo. Depois dele, surgiram os personagens de Walt Disney, como o Mickey Mouse, outro sucesso mundial, talvez universal! Nas décadas seguintes, surgem mais e mais sucessos: Betty Boop, Branca de Neve, Tom & Jerry, Zé Carioca...tantos e tão queridos, impossivel não se apaixonar por algum deles!

No Brasil, os quadrinhos começaram no século XIX, com os personagens de Angelo Agostini, Nhô Quim e Zé Caipora. Essas histórias, de conotação crítica a política da época, eram publicadas nas revistas Don Quixote e O Malho. Ainda não tinham caráter infantil, o que só viria na revista O Tico-Tico, em 1905, lançada pelo jornalista Luiz Bartolomeu de Souza e Silva. Por essa pequena revista, de meras 5 páginas, passaram vários personagens, até o próprio Gato Félix e o Mickey, que era chamado curiosamente de Ratinho Curioso. Depois de Tico-Tico, vieram revistas da Gazeta e de O Globo, voltadas ao público infantil e com mais conteúdo. Até chegar o desenho americano Pica-Pau, o primeiro exibido na TV brasileira, em 19 de setembro de 1950 na TV Tupi. Mais um personagem mundialmente conhecido até hoje...quem nunca deu boas gargalhadas ao lado dos pais ao ouvir a sonora e caracteristica risada do pássaro de topete vermelho? Até estrela na Calçada da Fama de Hollywood ele tem!

E depois desse rico começo, assim como tantas outras artes, os desenhos e gibis foram englobados pela modernidade. Hoje em dia, um rico desenho animado ou gibi é feito em pouco tempo com as mais variadas tecnologias. Capazes de encher os olhos de qualquer um. Há também a valorização dos desenhos de outros países, como os japoneses e coreanos, os chamados mangás. E até o talento brasileiro também é valorizado, como na animação Rio, indicada ao Oscar de melhor canção original de 2012.

E você, curte alguma HQ? Teve alguma animação que marcou sua infância?

Texto: Gabriella Paola e Victor Hugo