Grafias e Fotografias

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domingo, 26 de maio de 2013

QUADRINHOS E GIBIS...QUEM NÃO QUIS?


Infância. Período fértil de todo ser humano, tempo de ingenuidade e muita imaginação. E na nossa infância, entre tantos brinquedos e travessuras, temos um companheiro de todas as horas: o gibi.

Quem nunca se imaginou junto a seus heróis favoritos? Escalar paredes com o Homem-Aranha, voar alto com o SuperMan, ou viver mil aventuras junto a Cascão, Cebolinha, Magali e Mônica...E por falar nessa turminha brazuca, Mônica completa 50 anos em 2013. Mauricio de Sousa, criador da turma e pai da Mônica (de carne e osso) criou há pouco tempo HQs para o público jovem, e também animações. E deu no que deu. Um grande sucesso de um desenho brasileiro que fez sucesso no país e no mundo. Fazendo parte de milhares de gerações, Mônica aparece com sua imagem inconfundível de vestido vermelho e dentes grandes, junto ao seu coelho Sansão. Ou uma linda adolescente, sempre bem brava!

Tantos personagens memoráveis tiveram seu começo com as HQ americanas e londrinas, como a Comic Cuts em 1890, de Alfred Harmsworth e a Yellow Kid em 1895, onde predominavam mais textos que desenhos. Seus conteúdos tinham muito humor e já permitiam que seus leitores dessem asas à imaginação. Já a primeira animação foi em 1892, feita através de um praxinoscópio, aparelho inventado pelo francês Emile Reynaud. Após um tempo, surge Fantasmagorie, de Emile Cohl em 1908. Eram simples minutos de rabiscos, muito criativos para a época. Mas já era o começo de tudo.

O primeiro personagem a aparecer em animações foi o Gato Félix, na década de 20. Gatinho de traços meigos e muito esperto, ainda hoje atrai muitos fãs pelo mundo. Depois dele, surgiram os personagens de Walt Disney, como o Mickey Mouse, outro sucesso mundial, talvez universal! Nas décadas seguintes, surgem mais e mais sucessos: Betty Boop, Branca de Neve, Tom & Jerry, Zé Carioca...tantos e tão queridos, impossivel não se apaixonar por algum deles!

No Brasil, os quadrinhos começaram no século XIX, com os personagens de Angelo Agostini, Nhô Quim e Zé Caipora. Essas histórias, de conotação crítica a política da época, eram publicadas nas revistas Don Quixote e O Malho. Ainda não tinham caráter infantil, o que só viria na revista O Tico-Tico, em 1905, lançada pelo jornalista Luiz Bartolomeu de Souza e Silva. Por essa pequena revista, de meras 5 páginas, passaram vários personagens, até o próprio Gato Félix e o Mickey, que era chamado curiosamente de Ratinho Curioso. Depois de Tico-Tico, vieram revistas da Gazeta e de O Globo, voltadas ao público infantil e com mais conteúdo. Até chegar o desenho americano Pica-Pau, o primeiro exibido na TV brasileira, em 19 de setembro de 1950 na TV Tupi. Mais um personagem mundialmente conhecido até hoje...quem nunca deu boas gargalhadas ao lado dos pais ao ouvir a sonora e caracteristica risada do pássaro de topete vermelho? Até estrela na Calçada da Fama de Hollywood ele tem!

E depois desse rico começo, assim como tantas outras artes, os desenhos e gibis foram englobados pela modernidade. Hoje em dia, um rico desenho animado ou gibi é feito em pouco tempo com as mais variadas tecnologias. Capazes de encher os olhos de qualquer um. Há também a valorização dos desenhos de outros países, como os japoneses e coreanos, os chamados mangás. E até o talento brasileiro também é valorizado, como na animação Rio, indicada ao Oscar de melhor canção original de 2012.

E você, curte alguma HQ? Teve alguma animação que marcou sua infância?

Texto: Gabriella Paola e Victor Hugo

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A FESTA DE TODOS


Passa-se mais um ano nesse século, num tempo que parece não ter tempo para nada. Quando piscamos os olhos, já é o fim do ano. E fica agora a expectativa da chegada da data mais esperada pelas crianças de idade e coração: o Natal!

E essa data tão importante no calendário do mundo todo apresenta suas peculiaridades em certos países. Nem sempre vamos encontrar a árvore, as luzinhas e o famoso peru. Na Suécia, por exemplo, são servidos bolinhos com café pela filha mais velha da família, devidamente trajada de branco com uma coroa de folhas e velas acesas na cabeça. Um Natal com um pouco de adrenalina! Já na Terra da Bota, a personagem principal é uma mulher: A Befana. Diz-se que era uma velha senhora que negou abrigo aos Reis Magos, que teriam passado pela Itália na sua ida até o Menino Jesus. Em sinal de seu arrependimento, Befana presenteia as crianças boas com doces e as más, com castigos. E segundo os italianos, ela ainda vaga a procura do Menino, em forma de fada, bruxa, rainha ou simplesmente uma velha.

Na França, como o próprio país preza, existem muitos pratos servidos nessa data. O doce tradicional do natal francês é o Bouche de Nöel, um rocambole recheado de chocolate, que muito lembra um tronco de lenha. A tradição desse doce vem de um tronco de lenha de verdade, que era abençoado pelo chefe da família com água, sal e vinho, e queimado logo em seguida. As cinzas do tronco eram usadas como fertilizante e até remédio contra doenças.  E o mais curioso dos franceses é a tradição da reconciliação: na noite natalina, é comum ir a casa de um desafeto para fazer as pazes e brindar com vinho. Já o presépio tradicional é substituído por uma representação indígena no Equador, e o pinheirinho de Natal dá lugar a bananeiras e mangueiras decoradas nas casas da Índia. Na Venezuela, todas as crianças vão a primeira missa natalina, a Missa de Agrinalda, de patins. E na Polônia, não se come carne vermelha na ceia, somente peixes, pão, vinho e tortas de sementes de papoula, só servidos pela dona da casa. A verdadeira festa polonesa acontece no dia 25 de dezembro, quando é servida carnes a vontade, e no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, quando são abertos os presentes. 

Vendo tantas tradições e detalhes do Natal, não podemos esquecer do verdadeiro sentido da data. Tudo bem que é bom ganhar presente, e quem não gosta de ser agradado por quem gosta? Todos adoram, mas quase ninguém lembra do verdadeiro significado do Natal. Afinal, é o aniversário de alguém extremamente importante, principalmente para os cristãos - o cara mais "o cara" de todos os tempos: Jesus! Ele sim, é o verdadeiro protagonista dessa data, e que nós deveríamos lembrar de todas as coisas, exemplos e sentimentos bons que Ele nos ensinou, independente de religião. Não podemos negar isso. Não só pra deixar o nosso Natal com mais sentido, mas todos os nossos dias, sempre que possível...

O Papai Noel é legal? Claro, a figura doce e meiga de um velhinho dando presentes as crianças, principalmente as boazinhas, não tem nada de mal. É uma forma mágica de lembrar o Natal e manter essa chama de doçura acesa dentro de cada um, mesmo depois de crescermos. Mas a sociedade atual usa o Bom Velhinho como pretexto capitalista para gastar (e muito às vezes) e na maioria das vezes, esquecer o verdadeiro significado dessa época do ano...

Viva os presentes! Viva o Papai Noel! Viva a ceia!...Mas acima de tudo, viva a verdadeira essência dessa data: Jesus e seu legado de solidariedade, fraternidade e paz.

Papai Noel no mundo:
Alemanha: Kriss Kringle -> tradução literal é Criança do Cristo
França: Pere Noel
Espanha: Papa Noel
Estados Unidos e Canadá: Santa Claus
Inglaterra: Father Christmas, ele tem o casaco e barba mais longos.
Finlândia: Joulupukki
Itália: Babbo Natal
Suécia:  Jultomten
Japão: Para os poucos cristãos do Japão ele é conhecido como Jizo.


Papai Noel surfista na Califórnia, EUA (à esquerda) e Befana, Itália (à direita).











Pesquisa de Imagens: Victor Hugo
Texto: Gabriella Paola

sábado, 20 de outubro de 2012

UM CANTINHO PERTO DO MAR...


Centro Histórico / Ilha do Engenho D'água / Igreja de Santa Rita
Uma super viagem que fiz na minha vida foi a primeira vez que fui a Paraty/RJ. Não só porque foi "a" primeira vez que fui lá, mas porque aconteceram fatos incomuns nessa viagem. Coisas que eu nunca tinha visto na vida, como o sol e o céu de brigadeiro radiante e intermitente durante os 10 dias passados por lá; o lindo e pequenino cardume de peixes que eu vi bem perto do cais do porto; e a primeira vez que andei de barco e vi bolachas do mar vivinhas da silva! Um experiência biológica literalmente inesquecível!

Além de todos esses pequenos detalhes, Paraty se caracteriza por ser uma cidade de cunho turístico internacional, e principalmente, histórico. Tanto que essa charmosa cidade litorânea é cotada a ganhar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, dado pela Unesco. Também pudera. Para onde se olha nessa cidade, em seu tradicional centro histórico, seu cais e suas numerosas praias, pode se ver uma riqueza de cores, culturas, gastronomia, arquitetura tipicamente colonial e turistas...muitos turistas de todas as partes do mundo, principalmente no verão. A mistura de sotaques é mais um charme que Paraty cultiva com louvor.

E o centro histórico é a principal atração da cidade, recheado de construções do século XVIII, principalmente casarões e igrejas, como a de Nossa Senhora do Rosário, a de Santa Rita (foto acima) e a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. E para conhecer todas essas atrações, é indispensável o uso de tênis ou calçado sem salto. O motivo? Todas as ruas do centro (foto acima) são calçadas com imensas pedras portuguesas, alvo preferencial de tropeções, desequilíbrios ou até uma torção para quem não está acostumado! Mais todo esse esforço vale a pena, pois há uma infinidade de lojas de artesanatos, souvenirs, pedras preciosas brutas e cachaça, o produto-símbolo de Paraty. Além de variados restaurantes especializados principalmente na culinária do mar, litorânea ou caiçara, rica em peixes e frutos do mar. Um verdadeiro deleite para todos os nossos sentidos.

Mais quando o tempo está bonito, cheio de sol, o destino predileto de todos são as praias, espalhadas por toda costa, baía e ilhas de Paraty. Confesso que as praias mais lindas são as mais distantes, como a praia semi deserta da Ilha do Engenho D'água (foto acima), um verdadeiro cenário de filme, como a Lagoa Azul! O barulho mais urbano são dos motores dos barcos que chegam lotados de turistas para passarem um dia inteiro nessa ilha, a base de deliciosos pratos caiçaras e muito sossego. Mergulhos em águas cristalinas e passeios por trilhas na mata também fazem parte do roteiro. E para arrematar, um belíssimo por do sol para fotografar ou simplesmente admirar.

Por tudo isso, Paraty é um excelente lugar para relaxar, e ao mesmo tempo, se divertir. Mistura agitação e calmaria, na medida certa.

Gabriella Paola

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SUSTENTAR O FUTURO


Quando você ouve falar em sustentabilidade, o que pensa?

É bem provável que você tenha lembrado de algo relacionado ao meio ambiente. A sustentabilidade, sem dúvida, é um dos assuntos mais questionados do mundo atual. E num futuro próximo, ela pode deixar de ser um assunto, para ser uma prioridade na vida do ser humano.
O estilo de vida atual preza pelo consumo excessivo em todos os sentidos: do dinheiro, da alimentação, dos recursos naturais presentes na natureza. Tudo é esbanjado sem medidas. Porém, muitos grupos defensores do meio ambiente demonstram uma tendência que defende atitudes mais sustentáveis, ou seja, que utilizem os recursos de hoje sem prejudicar esses mesmos recursos para gerações futuras.
A sustentabilidade abrange não só grandes projetos encontrados em cidades, empresas e multinacionais, mas também os nossos costumes do cotidiano. Tomar banho em menos tempo, reaproveitar o uso da água usada em lavagens de carros, roupas, para lavagem de quintais, dar preferência a produtos orgânicos em detrimento a produtos tradicionais, diminuir ou evitar o uso das sacolas plásticas, reciclar aquilo que pode ser reaproveitado. Tudo isso pode colaborar, e muito, para um meio ambiente mais saudável e uma natureza mais generosa conosco.
Muitos podem pensar que os efeitos dessa mudança de atitude podem não aparecer a curto prazo, porém, se pensarmos nos tempos estrondosos que certos materiais que são descartados na natureza demoram para se decompor, a relação custo-benefício será sempre positiva. Muitos setores seriam beneficiados, como a saúde, a economia, o turismo. Uma cidade sustentável, que recicla seu lixo e sabe como descartar ou reaproveitar seus resíduos não recicláveis, que preserva suas áreas verdes e seus cursos d'água, que utiliza energia limpa e renovável como a éolica ou solar, e que estimula toda sua população a seguir a sustentabilidade na sua vivência, pode ser um grande exemplo positivo para todos. Seria uma cidade mais limpa, com menores custos com doenças ligadas a poluição e mal descarte do lixo, com um aproveitamento mais inteligente dos recursos financeiros, este que poderia ser utilizado no incentivo ao turismo e a implantação de industrias que prezem pelo meio ambiente.
São tantas as possibilidades que a sustentabilidade nos proporciona, que nos permite um amplo leque de incentivo de mudança a nossa própria atitude e a de pessoas que nos cercam. É muito simples, basta querer. Um passo de cada vez. E de passo em passo, a humanidade pode fazer um futuro melhor e bem diferente do que aquele que pode nos esperar.

Gabriella Paola



domingo, 10 de junho de 2012

O DESTINO DE TODOS NÓS


Em nossa vida, sempre temos referências de pessoas de variadas idades. A sabedoria ingênua das crianças, a impaciência e jovialidade dos adolescentes, a vivência corrida da meia idade. E principalmente, a experiência acumulada por muitos momentos bons e ruins, enraizada por histórias contadas por gerações: é a sabedoria dos idosos.
Quem nunca guardou lembranças e ensinamentos de avós, bisavós, tios e pais que passaram ou passam por esse valioso período da vida do ser humano? Por ser a base de qualquer estrutura familiar, os idosos devem ser respeitados em seus direitos, em seu viver, atitudes e vontades. Afinal, eles passaram por nossa história, testemunhando, apoiando e contemplando os momentos mais marcantes de todos nós.
Hoje, em diversos países do mundo, o número de idosos aumentou consideravelmente. Isso se deve ao fato do aumento da expectativa de vida, da diminuição da taxa de natalidade, do avanço da ciência e da medicina e da melhoria dos padrões básicos da sociedade, como a economia e a saúde. No Brasil, o número de idosos na população segundo o censo 2010/IBGE é de 7,4%, cerca de 14 milhões de habitantes, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. E esses padrões de aumento dos idosos na população também ocorrem no Brasil. A grande diferença é que em muitos países, o idoso é tratado como um rei. Tem seus valores familiares, financeiros e sociais fielmente respeitados, como é o caso da Índia, onde os jovens os reverenciam, beijando seus pés em sinal de respeito. Em alguns países da Europa, a aposentadoria dos idosos comtempla uma vida saudável e prazerosa, proporcionando viagens, passeios e até a possibilidade de morar sozinho e independente. Muitos povos de diversas etnias e nações tem no idoso um exemplo a ser sempre seguido, respeitado e admirado.
Já no Brasil a situação é completamente diferente, e infelizmente, até degradante e humilhante. Sua contribuição por toda uma vida de trabalho não é minimamente recompensada com uma aponsentadoria digna e que sirva a uma vida tão digna quanto. O pouco que recebem é gasto com tratamentos de saúde caros e incondizentes com sua renda. E ainda temos que levar em consideração que existem ainda muitos idosos que são 'arrimos de família', apesar do pouco que ganham. Não tem seus direitos preservados e respeitados, desde a constituição e do âmbito familiar, até o mínimo direito de um local reservados em locais e transportes públicos. São verdadeiros guerreiros da sociedade atual.
Mas há também o lado bom da melhor idade. Muitos idosos demonstram uma proatividade e jovialidade fora do comum. Trabalham, viajam e se divertem como se ignorassem, no bom sentido, as muitas décadas de vida que tem. Podem não ser mais jovens no corpo, mas são jovens na alma. A justificativa? Aproveitar a vida depois de cuidar de filhos e netos e de muito colaborar com a formação familiar. E eles estão certos. Com tamanha sabedoria, quem não gostaria de usufruir as belezas da vida, já sabendo muito bem o caminho das pedras?
Perante tudo isso, a atitude ideal da sociedade, governo e de todos que de alguma forma convivem com o idoso é a respeitosa, admiradora e aprendiz. Respeitar e admirar tanta sabedoria e vivência demonstrada e com elas aprender muito, pois todos nós um dia seremos como eles.

Gabriella Paola