Infância. Período fértil de todo ser humano, tempo de ingenuidade e
muita imaginação. E na nossa infância, entre tantos brinquedos e travessuras,
temos um companheiro de todas as horas: o gibi.
Quem nunca se imaginou junto a seus heróis favoritos? Escalar paredes
com o Homem-Aranha, voar alto com o SuperMan, ou viver mil aventuras junto a
Cascão, Cebolinha, Magali e Mônica...E por falar nessa turminha brazuca, Mônica
completa 50 anos em 2013. Mauricio de Sousa, criador da turma e pai da Mônica
(de carne e osso) criou há pouco tempo HQs para o público jovem, e também
animações. E deu no que deu. Um grande sucesso de um desenho brasileiro que fez
sucesso no país e no mundo. Fazendo parte de
milhares de gerações, Mônica aparece com sua imagem inconfundível de vestido
vermelho e dentes grandes, junto ao seu coelho Sansão. Ou uma linda
adolescente, sempre bem brava!
Tantos personagens memoráveis tiveram seu começo com as HQ americanas e
londrinas, como a Comic Cuts em 1890, de Alfred Harmsworth e a Yellow Kid em 1895, onde predominavam mais textos que
desenhos. Seus conteúdos tinham muito humor e já permitiam que seus leitores
dessem asas à imaginação. Já a primeira animação
foi em 1892, feita através de um praxinoscópio, aparelho inventado pelo francês
Emile Reynaud. Após um tempo, surge Fantasmagorie, de Emile Cohl em
1908. Eram simples minutos de rabiscos, muito criativos para a época. Mas já
era o começo de tudo.
O primeiro personagem a aparecer em animações foi o Gato Félix,
na década de 20. Gatinho de traços meigos e muito esperto, ainda hoje atrai
muitos fãs pelo mundo. Depois dele, surgiram os personagens de Walt Disney,
como o Mickey Mouse, outro sucesso mundial, talvez universal! Nas
décadas seguintes, surgem mais e mais sucessos: Betty Boop, Branca de Neve,
Tom & Jerry, Zé Carioca...tantos e tão queridos, impossivel não se
apaixonar por algum deles!
No Brasil, os quadrinhos começaram no século XIX, com os personagens de Angelo
Agostini, Nhô Quim e Zé Caipora. Essas histórias, de conotação
crítica a política da época, eram publicadas nas revistas Don Quixote e O
Malho. Ainda não tinham caráter infantil, o que só viria na revista O
Tico-Tico, em 1905, lançada pelo jornalista Luiz Bartolomeu de Souza e Silva.
Por essa pequena revista, de meras 5 páginas, passaram vários personagens, até
o próprio Gato Félix e o Mickey, que era chamado curiosamente de Ratinho
Curioso. Depois de Tico-Tico, vieram revistas da Gazeta e de O Globo, voltadas
ao público infantil e com mais conteúdo. Até chegar o desenho americano Pica-Pau,
o primeiro exibido na TV brasileira, em 19 de setembro de 1950 na TV Tupi. Mais
um personagem mundialmente conhecido até hoje...quem nunca deu boas gargalhadas
ao lado dos pais ao ouvir a sonora e caracteristica risada do pássaro de topete
vermelho? Até estrela na Calçada da Fama de Hollywood ele tem!
E depois desse rico começo, assim como tantas outras artes, os desenhos
e gibis foram englobados pela modernidade. Hoje em dia, um rico desenho animado
ou gibi é feito em pouco tempo com as mais variadas tecnologias. Capazes de
encher os olhos de qualquer um. Há também a valorização dos desenhos de outros
países, como os japoneses e coreanos, os chamados mangás. E até o talento
brasileiro também é valorizado, como na animação Rio, indicada ao Oscar
de melhor canção original de 2012.
E você, curte
alguma HQ? Teve alguma animação que marcou sua infância?
Texto: Gabriella Paola e Victor Hugo
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