Grafias e Fotografias

Grafias e Fotografias

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A FESTA DE TODOS


Passa-se mais um ano nesse século, num tempo que parece não ter tempo para nada. Quando piscamos os olhos, já é o fim do ano. E fica agora a expectativa da chegada da data mais esperada pelas crianças de idade e coração: o Natal!

E essa data tão importante no calendário do mundo todo apresenta suas peculiaridades em certos países. Nem sempre vamos encontrar a árvore, as luzinhas e o famoso peru. Na Suécia, por exemplo, são servidos bolinhos com café pela filha mais velha da família, devidamente trajada de branco com uma coroa de folhas e velas acesas na cabeça. Um Natal com um pouco de adrenalina! Já na Terra da Bota, a personagem principal é uma mulher: A Befana. Diz-se que era uma velha senhora que negou abrigo aos Reis Magos, que teriam passado pela Itália na sua ida até o Menino Jesus. Em sinal de seu arrependimento, Befana presenteia as crianças boas com doces e as más, com castigos. E segundo os italianos, ela ainda vaga a procura do Menino, em forma de fada, bruxa, rainha ou simplesmente uma velha.

Na França, como o próprio país preza, existem muitos pratos servidos nessa data. O doce tradicional do natal francês é o Bouche de Nöel, um rocambole recheado de chocolate, que muito lembra um tronco de lenha. A tradição desse doce vem de um tronco de lenha de verdade, que era abençoado pelo chefe da família com água, sal e vinho, e queimado logo em seguida. As cinzas do tronco eram usadas como fertilizante e até remédio contra doenças.  E o mais curioso dos franceses é a tradição da reconciliação: na noite natalina, é comum ir a casa de um desafeto para fazer as pazes e brindar com vinho. Já o presépio tradicional é substituído por uma representação indígena no Equador, e o pinheirinho de Natal dá lugar a bananeiras e mangueiras decoradas nas casas da Índia. Na Venezuela, todas as crianças vão a primeira missa natalina, a Missa de Agrinalda, de patins. E na Polônia, não se come carne vermelha na ceia, somente peixes, pão, vinho e tortas de sementes de papoula, só servidos pela dona da casa. A verdadeira festa polonesa acontece no dia 25 de dezembro, quando é servida carnes a vontade, e no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, quando são abertos os presentes. 

Vendo tantas tradições e detalhes do Natal, não podemos esquecer do verdadeiro sentido da data. Tudo bem que é bom ganhar presente, e quem não gosta de ser agradado por quem gosta? Todos adoram, mas quase ninguém lembra do verdadeiro significado do Natal. Afinal, é o aniversário de alguém extremamente importante, principalmente para os cristãos - o cara mais "o cara" de todos os tempos: Jesus! Ele sim, é o verdadeiro protagonista dessa data, e que nós deveríamos lembrar de todas as coisas, exemplos e sentimentos bons que Ele nos ensinou, independente de religião. Não podemos negar isso. Não só pra deixar o nosso Natal com mais sentido, mas todos os nossos dias, sempre que possível...

O Papai Noel é legal? Claro, a figura doce e meiga de um velhinho dando presentes as crianças, principalmente as boazinhas, não tem nada de mal. É uma forma mágica de lembrar o Natal e manter essa chama de doçura acesa dentro de cada um, mesmo depois de crescermos. Mas a sociedade atual usa o Bom Velhinho como pretexto capitalista para gastar (e muito às vezes) e na maioria das vezes, esquecer o verdadeiro significado dessa época do ano...

Viva os presentes! Viva o Papai Noel! Viva a ceia!...Mas acima de tudo, viva a verdadeira essência dessa data: Jesus e seu legado de solidariedade, fraternidade e paz.

Papai Noel no mundo:
Alemanha: Kriss Kringle -> tradução literal é Criança do Cristo
França: Pere Noel
Espanha: Papa Noel
Estados Unidos e Canadá: Santa Claus
Inglaterra: Father Christmas, ele tem o casaco e barba mais longos.
Finlândia: Joulupukki
Itália: Babbo Natal
Suécia:  Jultomten
Japão: Para os poucos cristãos do Japão ele é conhecido como Jizo.


Papai Noel surfista na Califórnia, EUA (à esquerda) e Befana, Itália (à direita).











Pesquisa de Imagens: Victor Hugo
Texto: Gabriella Paola

sábado, 20 de outubro de 2012

UM CANTINHO PERTO DO MAR...


Centro Histórico / Ilha do Engenho D'água / Igreja de Santa Rita
Uma super viagem que fiz na minha vida foi a primeira vez que fui a Paraty/RJ. Não só porque foi "a" primeira vez que fui lá, mas porque aconteceram fatos incomuns nessa viagem. Coisas que eu nunca tinha visto na vida, como o sol e o céu de brigadeiro radiante e intermitente durante os 10 dias passados por lá; o lindo e pequenino cardume de peixes que eu vi bem perto do cais do porto; e a primeira vez que andei de barco e vi bolachas do mar vivinhas da silva! Um experiência biológica literalmente inesquecível!

Além de todos esses pequenos detalhes, Paraty se caracteriza por ser uma cidade de cunho turístico internacional, e principalmente, histórico. Tanto que essa charmosa cidade litorânea é cotada a ganhar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, dado pela Unesco. Também pudera. Para onde se olha nessa cidade, em seu tradicional centro histórico, seu cais e suas numerosas praias, pode se ver uma riqueza de cores, culturas, gastronomia, arquitetura tipicamente colonial e turistas...muitos turistas de todas as partes do mundo, principalmente no verão. A mistura de sotaques é mais um charme que Paraty cultiva com louvor.

E o centro histórico é a principal atração da cidade, recheado de construções do século XVIII, principalmente casarões e igrejas, como a de Nossa Senhora do Rosário, a de Santa Rita (foto acima) e a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. E para conhecer todas essas atrações, é indispensável o uso de tênis ou calçado sem salto. O motivo? Todas as ruas do centro (foto acima) são calçadas com imensas pedras portuguesas, alvo preferencial de tropeções, desequilíbrios ou até uma torção para quem não está acostumado! Mais todo esse esforço vale a pena, pois há uma infinidade de lojas de artesanatos, souvenirs, pedras preciosas brutas e cachaça, o produto-símbolo de Paraty. Além de variados restaurantes especializados principalmente na culinária do mar, litorânea ou caiçara, rica em peixes e frutos do mar. Um verdadeiro deleite para todos os nossos sentidos.

Mais quando o tempo está bonito, cheio de sol, o destino predileto de todos são as praias, espalhadas por toda costa, baía e ilhas de Paraty. Confesso que as praias mais lindas são as mais distantes, como a praia semi deserta da Ilha do Engenho D'água (foto acima), um verdadeiro cenário de filme, como a Lagoa Azul! O barulho mais urbano são dos motores dos barcos que chegam lotados de turistas para passarem um dia inteiro nessa ilha, a base de deliciosos pratos caiçaras e muito sossego. Mergulhos em águas cristalinas e passeios por trilhas na mata também fazem parte do roteiro. E para arrematar, um belíssimo por do sol para fotografar ou simplesmente admirar.

Por tudo isso, Paraty é um excelente lugar para relaxar, e ao mesmo tempo, se divertir. Mistura agitação e calmaria, na medida certa.

Gabriella Paola

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SUSTENTAR O FUTURO


Quando você ouve falar em sustentabilidade, o que pensa?

É bem provável que você tenha lembrado de algo relacionado ao meio ambiente. A sustentabilidade, sem dúvida, é um dos assuntos mais questionados do mundo atual. E num futuro próximo, ela pode deixar de ser um assunto, para ser uma prioridade na vida do ser humano.
O estilo de vida atual preza pelo consumo excessivo em todos os sentidos: do dinheiro, da alimentação, dos recursos naturais presentes na natureza. Tudo é esbanjado sem medidas. Porém, muitos grupos defensores do meio ambiente demonstram uma tendência que defende atitudes mais sustentáveis, ou seja, que utilizem os recursos de hoje sem prejudicar esses mesmos recursos para gerações futuras.
A sustentabilidade abrange não só grandes projetos encontrados em cidades, empresas e multinacionais, mas também os nossos costumes do cotidiano. Tomar banho em menos tempo, reaproveitar o uso da água usada em lavagens de carros, roupas, para lavagem de quintais, dar preferência a produtos orgânicos em detrimento a produtos tradicionais, diminuir ou evitar o uso das sacolas plásticas, reciclar aquilo que pode ser reaproveitado. Tudo isso pode colaborar, e muito, para um meio ambiente mais saudável e uma natureza mais generosa conosco.
Muitos podem pensar que os efeitos dessa mudança de atitude podem não aparecer a curto prazo, porém, se pensarmos nos tempos estrondosos que certos materiais que são descartados na natureza demoram para se decompor, a relação custo-benefício será sempre positiva. Muitos setores seriam beneficiados, como a saúde, a economia, o turismo. Uma cidade sustentável, que recicla seu lixo e sabe como descartar ou reaproveitar seus resíduos não recicláveis, que preserva suas áreas verdes e seus cursos d'água, que utiliza energia limpa e renovável como a éolica ou solar, e que estimula toda sua população a seguir a sustentabilidade na sua vivência, pode ser um grande exemplo positivo para todos. Seria uma cidade mais limpa, com menores custos com doenças ligadas a poluição e mal descarte do lixo, com um aproveitamento mais inteligente dos recursos financeiros, este que poderia ser utilizado no incentivo ao turismo e a implantação de industrias que prezem pelo meio ambiente.
São tantas as possibilidades que a sustentabilidade nos proporciona, que nos permite um amplo leque de incentivo de mudança a nossa própria atitude e a de pessoas que nos cercam. É muito simples, basta querer. Um passo de cada vez. E de passo em passo, a humanidade pode fazer um futuro melhor e bem diferente do que aquele que pode nos esperar.

Gabriella Paola



domingo, 10 de junho de 2012

O DESTINO DE TODOS NÓS


Em nossa vida, sempre temos referências de pessoas de variadas idades. A sabedoria ingênua das crianças, a impaciência e jovialidade dos adolescentes, a vivência corrida da meia idade. E principalmente, a experiência acumulada por muitos momentos bons e ruins, enraizada por histórias contadas por gerações: é a sabedoria dos idosos.
Quem nunca guardou lembranças e ensinamentos de avós, bisavós, tios e pais que passaram ou passam por esse valioso período da vida do ser humano? Por ser a base de qualquer estrutura familiar, os idosos devem ser respeitados em seus direitos, em seu viver, atitudes e vontades. Afinal, eles passaram por nossa história, testemunhando, apoiando e contemplando os momentos mais marcantes de todos nós.
Hoje, em diversos países do mundo, o número de idosos aumentou consideravelmente. Isso se deve ao fato do aumento da expectativa de vida, da diminuição da taxa de natalidade, do avanço da ciência e da medicina e da melhoria dos padrões básicos da sociedade, como a economia e a saúde. No Brasil, o número de idosos na população segundo o censo 2010/IBGE é de 7,4%, cerca de 14 milhões de habitantes, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. E esses padrões de aumento dos idosos na população também ocorrem no Brasil. A grande diferença é que em muitos países, o idoso é tratado como um rei. Tem seus valores familiares, financeiros e sociais fielmente respeitados, como é o caso da Índia, onde os jovens os reverenciam, beijando seus pés em sinal de respeito. Em alguns países da Europa, a aposentadoria dos idosos comtempla uma vida saudável e prazerosa, proporcionando viagens, passeios e até a possibilidade de morar sozinho e independente. Muitos povos de diversas etnias e nações tem no idoso um exemplo a ser sempre seguido, respeitado e admirado.
Já no Brasil a situação é completamente diferente, e infelizmente, até degradante e humilhante. Sua contribuição por toda uma vida de trabalho não é minimamente recompensada com uma aponsentadoria digna e que sirva a uma vida tão digna quanto. O pouco que recebem é gasto com tratamentos de saúde caros e incondizentes com sua renda. E ainda temos que levar em consideração que existem ainda muitos idosos que são 'arrimos de família', apesar do pouco que ganham. Não tem seus direitos preservados e respeitados, desde a constituição e do âmbito familiar, até o mínimo direito de um local reservados em locais e transportes públicos. São verdadeiros guerreiros da sociedade atual.
Mas há também o lado bom da melhor idade. Muitos idosos demonstram uma proatividade e jovialidade fora do comum. Trabalham, viajam e se divertem como se ignorassem, no bom sentido, as muitas décadas de vida que tem. Podem não ser mais jovens no corpo, mas são jovens na alma. A justificativa? Aproveitar a vida depois de cuidar de filhos e netos e de muito colaborar com a formação familiar. E eles estão certos. Com tamanha sabedoria, quem não gostaria de usufruir as belezas da vida, já sabendo muito bem o caminho das pedras?
Perante tudo isso, a atitude ideal da sociedade, governo e de todos que de alguma forma convivem com o idoso é a respeitosa, admiradora e aprendiz. Respeitar e admirar tanta sabedoria e vivência demonstrada e com elas aprender muito, pois todos nós um dia seremos como eles.

Gabriella Paola




terça-feira, 24 de abril de 2012

ONDE TUDO COMEÇA...


Quem nunca se recordou do melhores momentos da sua infância?
Esses momentos com certeza envolvem os amigos, a família e sobretudo, os brinquedos e as brincadeiras. Aquela bola de meia que você jogou na rua, a amarelinha riscada à giz, a corda surrada que tantas vezes bateu estalado, em muitos e muitos pulos da criançada. E o carrinho ou boneca que se ganhava no Natal? Lembranças que jamais são esquecidas!
Na sociedade, o termo brincar é utilizado em uma ação cujo objetivo é divertir. Muitas coisas podem ser consideradas uma brincadeira como uma piada, por exemplo. Brincadeiras podem ser de cunho educativo ou até com regras definidas e objetivos a serem cumpridos. Os brinquedos e as brincadeiras já embalaram a infância de muitos povos e gerações. A bola, por exemplo, é um dos brinquedos mais antigos que existem. Há registros de jogos com bola na Grécia Antiga. Já as bonecas surgiram primeiramente no Egito, como um culto às deusas da época. Os graciosos bambolês tiveram seus primórdios também no Egito, com ramos secos de uva entrelaçados, com o qual as crianças imitavam danças. A cabra-cega, jogo de roda onde se venda os olhos, era praticado entre adultos nas províncias de Portugal, onde foi criado.
Todo brinquedo e brincadeira tem como princípio estimular a cognição, a criatividade, o raciocínio e senso de equipe da criança. Na época de nossos pais e avós, tudo isso era estimulado com muitos poucos recursos, mas com fértil imaginação. Bastava uma pedra, um par de chinelos e uma rua deserta para se formar um campo de futebol. Alguns gravetos e pedaços de papel e lá se vai uma pipa, ou um papagaio, ou uma cangula no céu! Usavam-se madeiras para fazer carrinho de rolimã, meias para fazer bola e as meninas usavam até folhas para fazer de comidinha para suas bonecas. Em gerações passadas, meninos e meninas brincavam de roda, cantando cantigas. Quem não se lembra de “Atirei o pau no gato…”? Entre o céu e o inferno, crianças pulavam Amarelinha. Pulavam corda, jogavam pião, bolinha de gude...E outras vezes, bastava só as mãos batendo num ritmo frenético para se brincar de Adoleta. Ou um anel pra passar, e mais outra brincadeira começar!
Porém, hoje em dia, as crianças gastam seu tempo em frente a vídeo games de última geração, navegando na internet. Os brinquedos apresentam tantos recursos que até certo ponto, impedem que a criança estimule toda imaginação e criatividade que tem. E tudo isso pode levar a ociosidade, baixo rendimento escolar, e até problemas de saúde, como a obesidade e o vício em alguns desses jogos. E toda essa facilidade que a tecnologia traz também pode levar a sérios perigos, como videos games que estimulam a violência, e a pedofilia infelizmente presente na internet, esse meio cada vez mais acessado e compreendido pela nova geração.
Essa nova geração deve ser estimulada com a tecnologia, aliada a criatividade e imaginação. Associar o velho e o novo. Nada impede que crianças de hoje brinquem com coisas antigas, descubram o valor que elas tem, não deixando de lado todo o fascínio que os brinquedos modernos exercem. Um avião guiado por controle remoto é viciante até para adultos, mas nada mais prazeroso que sentar com seu filho e lhe ensinar diversas maneiras de fazer um avião de papel que voe cada vez mais longe. Um playstation é genial, mas nada se compara a marcar um gol ao vivo e comemorar muito com os amigos, sentindo a emoção na pele. Nada substitui o valor da criatividade e da imaginação infantil, tão importantes na formação de uma pessoa. Por isso, deixe a criança brincar com aquilo que cabe à sua idade. Infância dura apenas 12 anos, por que precisamos diminuir este tempo? Desnecessário, não?
Brincar ao ar livre, andar de bicicleta, jogar bola, nadar, correr, cair e levantar, tudo isso faz parte de uma infância saudável. Brinque enquanto pode, pois toda criança feliz tem história para contar.

Gabriella Paola e Victor Hugo